O caminho dos Moinhos

Os moinhos do Vale do Taquari na Serra Gaúcha são admiráveis registros da imigração italiana no começo do século passado. Engenhosas construções de madeira, cheias de poesia, sofisticação técnica, lições de arquitetura: testemunhos do trabalho humano de nossos antepassados. Para as famílias recém-chegadas, estes moinhos significavam a conquista de uma vida auto-sustentável, com o pão e a massa como base culinária e econômica.

Novamente integrados ao dia-a-dia das comunidades, os moinhos ganham novo fôlego e assumem novos papéis. A professora e ambientalista Judith Cortesão, no ano 2000, foi quem primeiro apelou para a urgência da restauração, pesquisa e divulgação dos moinhos coloniais. De lá para cá, já voltaram a funcionar alguns dos moinhos, como o Moinho Vicenzi, situado ao lado de uma magnífica cachoeira. No coração do Caminho, em Ilópolis, funciona desde Fevereiro de 2008 o conjunto do Museu do Pão, compreendo o Moinho Colognese, a Oficina de Panificação e o museu propriamente dito.

O roteiro turístico e cultural dos moinhos leva o visitante a uma região de belíssimas paisagens: suaves vales e montanhas, rios e regatos, cachoeiras e lagos, densas matas de araucária, grutas, arquitetura rural dos imigrantes e um povo acolhedor.
Venha conhecer um pouco dessa cultura, desse pedaço original do Brasil, ainda por ser descoberto!

Culinária Gaúcha



A culinária do Rio Grande do Sul tem como tradição a carne de charque, o churrasco e as influências sofridas pela Imigração italiana no Brasil e alemã ocorrida durante o século XIX. Da mistura entre a comida indígena, portuguesa e espanhola e do homem do campo surge a chamada cozinha da Campanha e, com características mais urbana, a cozinha da região missioneira.



O charque

Antigamente, no atual território do Rio Grande do Sul haviam índios, os guaranis, que viviam da caça e da pesca. Ocupavam as margens da lagoa dos Patos, o litoral norte e as bacias dos rios Jacuí e Ibicuí incluindo a região noroeste; os pampeanos, que ocupavam a região sul e sudoeste e os gês, talvez os mais antigos habitantes no lado oriental do rio Uruguai. Como tentativa de retirar os índios da mata para poder catequizar-los, os jesuítas introduziram no Estado o gado. Os índios passaram então a tomar conta do rebanho, que era criado solto, e comer sua carne tendo sempre farta comida a sua disposição e em troca aprendiam com os jesuítas a cultura européia e construíam casas, surgiram as assim as missões.

Com a entrada dos tropeiros de São Paulo e Minas Gerais no Sul, os índios foram caçados e levados como escravos e os jesuítas voltaram para a Europa. O gado, como era criado solto, continuou a se reproduzir e se espalhar pelo sul do continente, pois não havia um predador para cassá-lo.

Quando os tropeiros voltaram para o Rio Grande do Sul havia milhares desses animais, o gado selvagem. Começaram, então, a matá-los para lhes extrair o couro crú, que era levado e vendido nos outros Estados. Para conservarem a carne que sobrava e a usarem como alimento em suas longas viagens, os tropeiros começaram a conserva-la rolando-a em sal grosso para desidratá-la surgindo assim o charque.

HOJE!

 
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