Recuperação Histórica

A recuperação de elementos que compõem cenário de mais de 200 anos, a partir da remontagem de resquícios deteriorados pelo tempo, é um tremendo desafio.

A restauradora Selma Barum Cassal aceitou a ideia proposta pelos atuais administradores da Charqueada São João, descendentes da família Moreira Mazza. A pelotense atua na recuperação de imagens importantes para a história da moradia, localizada nas margens do arroio Pelotas. O local é considerado patrimônio cultural do Estado pois foi palco de acontecimentos que marcaram a história da fundação de Pelotas e do Rio Grande do Sul e, em 2010, completa 200 anos.

A primeira etapa do trabalho inclui três objetos do acervo: um urinol em porcelana inglesa do século XIX, uma estatueta de São João, padroeiro da charqueada, além de uma estátua, figura de mulher, uma das muitas trazidas de Portugal que ornamentam os jardins.


A gruta em que fica a obra de São João foi construída por escravos, que, para esconder sua religiosidade dos senhores, colocavam imagens de seus orixás sob as conchas marinhas que ornamentam a obra. Assim, podiam cultuá-los sem que os patrões desconfiassem.
A moradia sobrevive do turismo. Recebe grupos todos os dias, a partir das 14h. No período da 18ª Fenadoce, de hoje a 13 de junho, as visitas se iniciarão às 9h. Além do passeio guiado às áreas interna e externa da casa, os visitantes podem realizar o passeio de barco pelo arroio Pelotas, chamado de “Rota das Charqueadas”.

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